A COR ESCONDIDA EMBAIXO DO UNIFORME: QUEM PENSA O CURRÍCULO PARA A GERAÇÃO DO VENTRE-LIVRE?

A COR ESCONDIDA EMBAIXO DO UNIFORME: QUEM PENSA O CURRÍCULO PARA A GERAÇÃO DO VENTRE-LIVRE? Resumo O presente artigo tem como intenção discutir as concepções que envolvem currículo e questões raciais na Educação Infantil. Tendo como ponto de partida a interrogação se a escola pública é negra, este estudo, ainda em movimento, busca na historiografia da formação da escola, compreender o currículo como criação dentro de um cenário multifacetado, no qual há uma alteridade histórica. Nossa lógica de pesquisa perpassa as questões filosóficas do ubuntu (RAMOSE, 2002), que acomoda os valores já colocados, mas que, de forma subjetiva, reafirma valores de cunho africano. Portanto, aliados a essa filosofia, propomos abrir uma reflexão sobre currículo, evocando a seguinte questão: A partir do pensamento de se tentar afirmar que a escola é negra, haverá também um currículo negro que se inscreve sobre o currículo prescrito? O diálogo prática-teoria-prática e os sentidos que nascem com as pesquisas nos/dos/com o cotidiano nos ajudarão a nos aproximar da complexidade dessa questão, de forma a construirmos um trajeto que agora começa, que valoriza o caminhar e não espera o fim. Palavras-chave: Currículo; Relações étnico-raciais; Estudos do cotidiano